Crônica, Pessoal

Uma carta de amor

Não, não é o caso de melodrama e nem emocionar ninguém, não é só sobre um grande amor e nem pela perda de um. Na verdade, é sobre perda, perda do meu primeiro feito escrito, quando eu tinha 13 anos, bosta nenhuma na cabeça e achei que estava apaixonada.

Isso era idos de 1997, quando escrevi algumas coisas no papel pra mandar pra uma paixonite aguda e resolvi mostrar para minhas amigas. Entre elas, tinha uma muito mais velha, que devia ter uns 18 anos na época. Ela leu a carta e me perguntou: onde você copiou isso? porque não foi você que escreveu. Deixa-me copiar ela pra mandar pro meu namorado.

Não pensem que eu fiquei brava, chateada, magoada? Não, eu fiquei feliz com aquela frase. Ela era considerada por nós superinteligente e estudiosa e tinha duvidado que eu tinha escrito e ainda pediu pra copiar? Eu me achei muito foda! E a carta, cadê? Na memória de alguns doidos por aí ou já foram esquecidas ou quem sabe está no fundo do baú de alguém as palavras que não poderia ser minhas, mas eram!

Essa foi a primeira lembrança minha e que deu início a minha aspiração por ser escritora. Depois tive um caderno de poesia, que sumiu, e depois comecei a escrever um romance, que também não deu em nada. Tive um blog: http://anapizzol.wordpress.com, que hoje não tenho mais acesso, mas está publicado. Mantenho esse blog aqui, mas por pouco tempo, anamaquiada está morta e enterrada, e quem vos fala ainda é a Ana, mas de cara lavada!

(Por isso que eu criei esse lindo e novo blog aqui, onde reuni tudo, mas vou explicar melhor num próximo post)

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