Crônica, Filosofando

Eu me aceito

Cheguei num momento de minha vida que tenho conseguido identificar o que eu quero. Passei muitos anos fazendo e agindo de forma diferente ao que eu queria. Porque eu simplesmente não sabia o que me fazia feliz de verdade, o que me dava paz, respeitando meus limites e cuidando de mim.

Nos últimos tempos tenho conseguido identificar o que sinto, o que quero, onde quero pisar e quem eu sou. Que tipo de pessoas me fazem bem, que lugares me sinto confortável. E neste mundo não existe culpa, não existem cobranças severas. Apenas se vive, da forma mais simples e plena.

Se agi de forma que eu não consegui meu objetivo, me orgulho de ter tentado, de ter feito da forma que eu achava certo. Se não deu, é porque não era pra dar. Consigo ficar de cabeça erguida, e seguir em frente.

Isso não tem nada a ver com não sofrer, com não sentir pesar, porque sinto. Mas sei que não fui o agente, sei que fiz tudo que podia.

Outra coisa que aprendi é não substituir uma coisa por outra. Uma pessoa pela outra. As pessoas não são substituíveis. Que só serão especiais de dermos para elas o lugar delas. Um novo espaço. Um lugar diferente dentro da gente.

E sofrer por amor não é tão terrível assim. É a certeza que eu vivi, que eu senti, que estava inteira naquilo. A certeza que senti tudo d e verdade. Que foi meu. E se é assim, não foi em vão!

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Estou terapeutizada

Essa minha nova fase de pessoa que se entende, logo, terapeutizada, faz com que eu não tenha mais muitas questões a tratar. Eu sei o que sinto, sei porque faço as coisas e tomo decisões acertadas. Enfim, virei uma adulta.

Mas que coisa mais chata isso para quem tem um blog. Para vida real, pessoas, trabalho, festas, família, tem me ajudado, mas para este espaço, o qual eu adoro habitar, não tem sido muito produtivo não.
Difícil falar quando se esta tranqüila. Quando não tem culpas e sentimentos controversos assombrando minha mente. Estou bem. Tranqüila. Plena.

Meus únicos momentos de atropelo, que não tem terapia que me salve, quem sabe um exorcismo, são meus pesadelos. Não consegui me livrar deles. Me assombram quase todas as noites. Bom, já disse que sou uma mente a ser estudada, tenho no mínimo três sonhos diferentes por noite. Quem sabe eu use este espaço para uma análise dos sonhos. Quem sabe…

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Eu te amo

Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo.

Quantas vezes nós já ouvimos ou proferimos essas palavras para um companheiro? E quantas vezes tivemos certeza do que significava? Sempre fui contra a banalização do “Eu te amo”. As pessoas saem se amando por ai muito rápido. Muito vazio. É difícil também medir a medida do amar. Do gostar tanto, que dizer que gosta, é pouco. Até que o “Eu te amo” estoura, sonoro e inesperado.

Já levei meio ano para dizer que amava alguém, para logo após, quando acabou o relacionamento, perceber que o sentimento verdadeiro não era de amor. Era gostar, ou admirar, ou simplesmente de posse. Mas não era amor.

Tenho quase certeza que amei meu primeiro namorado. Aos 15 anos. E tenho certeza que amo meu atual namorado. Já os outros eu ti amos que proferi por aí era tudo balela? Bom, agora é, mas quando eu disse, certamente, acreditava que era amor.

Então me pergunto – que amor é esse? É um amor que acaba quando acaba a afinidade? Mas se acaba o relacionamento significa que o amor então não existiu? Ou parou de existir? Mas por que ficamos com a sensação de não ter amado nunca? O amor está ligado com a felicidade que se sente quando se está com a pessoa amada. E se essa pessoa não te dá mais felicidade, significa que você não a ama mais? Então não existe amor? Existe apenas um sentimento de felicidade que o outro te proporciona? É assim, egoísta?

Sei lá. Só sei que me sinto feliz, e amando e me sinto amada.

E outra coisa, não importa como vai ser depois. Porque não ligo pro depois, eu não o conheço. Quando me deparar com ele, eu saberei lidar. Mas, depois.

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Filosofando

Sinto

Quando a gente muda, o mundo muda com a gente. Como é bom olhar na mesma direção e ver coisas totalmente diferentes. Quando os sentimentos caminham de acordo com o que se faz. Quando o que se faz, está de acordo com o que se sente. A gente se sente com mais sentido. As coisas fazem mais sentido. Tem sabor diferente. E se saboreia com calma. E se sente todo o gosto. Tanto o doce quanto o amargo. Se permite sentir os dois. Se aceita. Sem culpa. Sem pressa.

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Crônica, Filosofando

Abandonei pra me encontrar

Meu querido blog abandonado. Andei por ai reorganizando as coisas. Reorganizei meu guarda-roupa, meus armários. Me livrei de várias coisas que não precisava mais. Mas como nada é de fora pra dentro, comecei reorganizando meus pensamentos.

Joguei lembranças no fundo do baú, depois de entende-las. Conceitos e sentimentos coloquei nos seus devidos lugares e agora sinto que minha visão é diferente. Volto com outro olhar.

Sei um pouco mais quem sou e o que quero. Mas descobri, principalmente, o que não quero. E com isso veio a capacidade em dizer NÃO.

Não deixo você entrar.

Não vou ficar pra dormir.

Não quero mais uma dose.

E quando você descobre que pode dizer não, o SIM ganha o valor adequado. Por que é um sim de saber o que se quer. Saber que o caminho é seguro e que ele está de acordo com o que se procura. Que esse sim não vai virar um arrependimento, não vai virar uma culpa.

Acho que nunca me senti assim. Sempre agi sem ligar pra mim, sem um sentimento de cuidado, de me respeitar, de amor próprio. Sai muitas vezes de situações em que me arrependi, porque nunca avaliava a situação, eu só agia em conformidade as emoções mais baratas, mais rasas.

Mas agora tudo está diferente. Me sinto mais segura pra pensar, sentir e agir. E tá na hora de voltar aqui e me encarar de frente. Falar de mim e de meus sentimentos e pensamentos mais loucos, íntimos e duvidosos.

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Ciclo vicioso

A convivência com as pessoas nos envolve num ciclo vicioso de comportamento. Não gostamos muitas vezes do tom ou da maneira com que algumas pessoas falam com a gente, e muitas vezes nos pegamos falando do mesmo modo com outras pessoas. Por que repetimos uma atitude que reprovamos? É a lei do oprimido X opressor? Isso assim, automático e sem nos darmos conta? Algo natural?

Estranho essa mundo humano e adulto. Onde nos confundimos com nossos pais, ainda que não concordemos com eles e muitas vezes fazemos coisas movidos por sentimentos e ações que não são propriamente nossos. Uma imitação que vem de geração para geração. Num exemplo bem simples e até superficial, é uma careta que eu imito de minha mãe e que a minha avó também faz. Isto é apenas um exemplo físico e visível. Quando se fala se sentimento, de opinião, de modos, é coisa é bem mais complexa.

Não que isto seja uma coisa ruim, se certa maneira não é. Mas muitas coisas não precisam ser assim. E ter este distanciamento e tentar corrigir, é se melhorar. É não cometer os mesmo erros. Cometer outros, com certeza, para que os mesmos?

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