Crônica, Filosofando

Porque eu escrevo…

Eu escrevo para transformar em palavras meus pensamentos. Mas tem sido difícil fazer isso. Encontrar no dicionário o que possa descrever tudo que passa na minha cabeça. Também procuro palavras para aliviar meu coração, e isso também é igualmente difícil de achar.

Procuro as palavras que me tirem da solidão de um dia sem amigos. Um dia que me culpo por me excluir da vida social e ficar apenas me guardando para mim mesma, com medo de me perder, seja em palavras, seja em ações.

Escrevo porque quero contar o que eu sinto quando estou em meio a natureza, cores e vida pulsante. Descrever como me sinto ao estar no meu lugar favorito no mundo, sentada num gramado verde, observando as árvores se balançarem ao sabor do vento, os pássaros voarem soltos e as borboletas desfilarem alegres bem na minha frente. Escrevo para tentar transmitir em palavras o som da água corrente batendo nas pedras e levando pequenos fragmentos de vida água abaixo.

Escrevo para tentar compreender meus sonhos. Numa tentativa voraz de colocar em palavras o que parece a coisa mais sem coerência do mundo. Onde o tempo passa diferente e não existe linha do cronológica. As coisas mudam de lugar sem eu perceber e as pessoas se transformam em animais bem na minha frente. Onde eu falo com cachorros ao mesmo tempo que estou numa montanha russa quebrada e que não sei quando vai chegar o momento que os trilhos não vão mais existir e o que vai acontecer comigo a partir disso. Eu escrevo para tentar entender por que minha mente faz isso comigo.

Eu escrevo para dizer às pessoas o quanto eu as amo e como elas são importantes para mim. Eu escrevo até mesmo para quem não pode ler ainda, quem não pode ler mais ou pra quem nunca vou enviar o texto. Mas escrevo mesmo assim, porque quero entender cada sensação minha ao pensar, lembrar ou sentir as pessoas.  

Eu escrevo porque eu preciso achar as palavras certas, embora saiba de antemão que elas não existam. Nossa mente é complexa demais em cada instância dela para ser decodificada num alfabeto feito por qualquer homem que já existiu. Mesmo assim vou continuar escrevendo, porque é o único jeito que encontro de visualizar minha mente,  meus pensamentos e sensações e desacelerar um pouco as batidas do meu coração.

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Crônica, Filosofando

Aspirante a escritora

Oi, gente, não vou começar esse texto com “estava muito sumida”, ops, já comecei, e nem vou justificar o sumiço, porque provavelmente vou sumir mais alguns anos logo depois de escrever esse post. Não que eu queira ou planeje isso, na verdade, nem planejei o que estou escrevendo agora. Na verdade, essa é a vida né, muitos planos, muito ânsia e muita coisa deixada pelo caminho para dar atenção a outras coisas que surgem.

Eu venho querendo ser escritora há anos, mas escrevo algumas coisas e desisto. Nesse meio tempo de sumida daqui muitas coisas aconteceram, uma delas é eu estar usando óculos e não conseguir escrever direito aqui. Outra é, fizemos um sitio e fizemos um barco. E nos dois casos, sempre pensei que seriam lugares inspiradores pra mim finalmente me tornar escritora.

Foram quatro anos entre planejamento e execução de um Catamarã 40 pés, e, no meio tempo, construímos um delicioso sítio em Tijucas, para cuidar da nossa mente enquanto nosso barco não ficava pronto. E hoje, nosso catamarã Destino encontra-se na água, o sítio Jardim Encantado verde e florescido e a escritora que mora em mim encontra-se desaparecida.

Tenho tantos planos, tantas histórias pra contar, mas por onde começar? Parece tão complexo e tão simples ao mesmo tempo. Pareço tão inteligente e tão burra. Tão capaz e tão incapaz, tão criativa e tão sem ideias. Aquela montanha russa de sentimentos e sensações que fazem avançar e recuar do propósito de vida que escolhi pra mim, escrever!

Me despeço desse post ainda como escritora de posts de aniversário no Instagram pra quem sabe te dar um alô como escritora daqui uns tempos. Espero que seja logo. Beijos!

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